Usar a internet nos dias de hoje é muito fácil: só precisamos acionar o nosso pacote de dados e pronto, já estamos conectados.
No entanto, vários locais em nosso cotidiano apresentam uma outra alternativa ao pacote de dados dos planos de telefonia, no caso, o famoso wifi grátis.
Mas você sabe como o wifi funciona realmente? Esse é o tema que vamos explorar neste artigo.
O wifi é uma tecnologia nova?
Na segunda guerra mundial, o uso de torpedos era muito comum pelos submarinos, mas tinha um detalhe realmente problemático quanto a eles: os torpedos eram guiados por sinal de rádio, ou seja, era fácil interceptá-los.
Dessa forma, mudar a trajetória dos torpedos era simples, causando uma situação embaraçosa para os militares americanos.
Para solucionar este problema, Hedy Lamarr, uma atriz e inventora americana, surgiu com uma ideia brilhante: saltos de frequência.
Assim, enquanto o torpedo estivesse em atividade, haveria uma mudança de frequência, impedindo sua interceptação e garantindo o sucesso na missão.
Porém, essa tecnologia ainda não é o wifi que conhecemos hoje, mas é um dos pilares dela.
Na década de 80, os computadores com acesso à internet precisavam usar cabos para ficarem conectados. No entanto, por questão de praticidade, houve a necessidade de conexão sem fio, e assim começou a busca pelo wifi que conhecemos.
Os primeiros testes foram frustrantes. De fato, as tecnologias primitivas eram bloqueadas por qualquer objeto entre o roteador e o computador.
Além disso, a distância máxima de conexão era muito pequena, e mais uma vez os cientistas tinham em mãos um problema duro de resolver. Bem, na verdade o problema já havia sido resolvido dez anos antes, mas ninguém percebeu.
O engenheiro elétrico, conhecido como pai do wifi, John O’Sullivan, estava estudando buracos negros na década de 70.
Para isso, ele e sua equipe visavam captar sinais de rádio vindos desses fenômenos espaciais, e chegaram até a desenvolver uma técnica matemática nova, a chamada transformada rápida de Fourier.
A pesquisa não teve bons resultados e foi deixada de lado, mas serviu para ajudar no desenvolvimento do wifi. Daí em diante a tecnologia foi sendo aprimorada e chegamos onde estamos hoje.
Como o wifi funciona realmente?
A maioria das pessoas acredita que o nome “wifi” é uma abreviação de algum termo técnico, porém ele não significa nada. Na verdade, esse nome foi escolhido para ser “popular”, ou seja, para ser fácil de lembrar e gostoso de falar.
Para que isso fosse feito, alguns especialistas foram consultados na época. Só para sanar sua curiosidade, o nome original do wifi é “IEEE 802.11”. Ainda bem que mudaram, não é mesmo?
A forma como o wifi funciona realmente é um pouco complicada, mas vamos tentar facilitar sua compreensão. Quando estamos na praia, podemos observar as ondas se quebrando na areia.
Se cronometrássemos a quantidade de ondas que se quebram em 1 segundo, teremos o conceito de Hertz.
Assim, 1 Hz significa que 1 onda quebra na praia por segundo; 10 Hz diz que 10 ondas se quebram em 1 segundo, e assim por diante.
O wifi trabalha com valores de Hertz enormes, na ordem de bilhões, ou como falamos no mundo da tecnologia, na ordem de Giga.
Atualmente fazemos uso de 2 frequência de wifi: 2,4 GHz e 5 GHz. A primeira possui um alcance maior, mas é mais lenta; já a segunda é muito rápida, mas tem alcance reduzido.
O wifi é um quebra-cabeças
Para compreendermos como o wifi funciona realmente, precisamos entender que tudo o que vemos em computadores e celulares pode ser dividido em pedacinhos bem pequeninos e, em seguida, transformado em um código e transmitido como frequência de onda.
Essa transferência de dados é muito rápida e eficiente.
Quando outra pessoa interage com nossa mensagem, a informação é rapidamente remontada e aparece exatamente da forma como nós a enviamos. Para nossa percepção, esse processo é instantâneo.
Se você ficou com medo por causa da quantidade de ondas enviadas pelo seu roteador wifi, saiba que ele não causa nenhum problema à saúde.
E aí, você já sabia como o wifi funciona realmente? Essa tecnologia está presente em praticamente todos os lugares, mas poucas pessoas compreendem seu funcionamento.